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sábado, 19 de fevereiro de 2011

NADA DE MAL

#3.06 – NADA DE MAL


QUATRO DIAS ATRÁS

Estávamos na casa do Metoo fazia um tempinho e o Cammelo estava explicando, ou tentando, pela terceira vez tudo o que aconteceu há um mês. Sinceramente? Se eu mesmo não tivesse visto e vivido o que aconteceu, seria muito difícil de acreditar nessas paradas. Eu olhei rapidinho para a Ana e a cara que ela estava fazendo não era boa. Eu adoraria que ela acreditasse, seria muito bom pra nós.

- Desculpa, Mas isto parece muita mentira. – A Ana falou. – Quer dizer, não acha que está exagerando? O acidente do carro não tem nada a ver com espíritos, fantasmas, duendes... O Metoo só teve, sei lá, um colapso nervoso, um problema de pressão. A gente não pode deixar a dona Samanta nesse estado criando fantasias.

A Ana tá pirando! A gente não tá inventando isso. E nem a dona Samanta está sendo ludibriada. Poxa, será que é tão difícil de acreditar? Daí ela me olha, me cobra como se eu estivesse fazendo coisa errada.

O Cammelo falava na minha mente para eu me acalmar, mas, meu, eu acho que ela podia dar algum crédito pra gente. De qualquer maneira o foco aqui era o Metoo e não o que aconteceu ou deixou de acontecer.

- O que fica martelando na minha cabeça é que não parece que aconteceu nada disso... – Metoo falou.

É dá essa sensação mesmo. Por mais que eu tenha visto as coisas... Eu deito na minha cama, acordo no outro dia e foi como se essa história não fosse real. Mas aí eu percebo que a Ana está brava comigo, que o Met ainda está de cama e que o Cam fala na minha mente.

Novamente a Ana estava agitada com todas as explicações do Cam. Pensei: abraço ou não abraço? Tentar deixar ela mais calma, né? Mas ela se exaltou:

- Eu juro que não quero ser chata, mas isso está perdendo a noção. Eu não vou deixar vocês fazerem isso com a dona Samanta, com o Metoo. Não vou deixar você envolver o Beto nisso. Eu vou embora.

Caraça! A Ana quase avançou pra cima do Cammelo. Ah, que situação. Será que ela não vai perceber que não está fazendo bem pra ninguém assim?

“Vá atrás dela” disse o Cam na minha mente, mas eu tenho receio de que ela fique mais brava. Mas eu vou.

*

Pouco tempo depois eu já estava do lado dela tentando convencê-la a parar e me escutar. Tá osso!

- Ana, espera, me escuta!

Ela continuava a caminhar.

- Ana, não fica assim. A gente só tá tentando ajudar ele.

Andando e ignorando.

- Pô! Ana! Dá um tempo. Você gosta de mim? Se gosta me escuta.
- Dá um tempo você, Beto. – Ela disse. – Eu estou muito nervosa, principalmente com você.
- Por quê? – Eu quis saber.
- Porquê, Beto, porquê? Você não acha que tem motivos o suficiente, não?

Eu não entendia.

- Me explica. – Pedi.

Ela parou de andar, respirou fundo, pra que a raiva não tomasse conta. Parou, pensou, só então resolveu conversar.

- Eu também estou preocupada com o Metoo, ele também é meu amigo. Só que desde que ele ficou em “coma”, você começou a agir muito estranho. Deixou os treinos de lado, não estudou para os testes e fica saindo nas horas mais bizarras possíveis. Daí você continua saindo, a gente quase não se vê mais e quando resolvem me contar alguma coisa inventam essas histórias loucas.

- Não são loucas, Ana. Por mais que pareçam absurdas, são verdades. Por favor, acredita em mim.
- Não dá Beto, até vocês me contarem tintim por tintim.
- Ana, o Cam já falou. Eu já falei também.
- Eu não confio nele – Disse ela. – E ele está deixando você entrar nisso... Você é bem ingênuo, sabia. Têm coisa que você não consegue perceber.

Ela estava me deixando magoado. Quero dizer, não me magoou com facilidade. Sabe que eu acho que essa é a primeira vez? Gozado...

- Beto, escuta: Não dá para levar um relacionamento assim.
- Eu juro que tento, mas agora... Agora não dá... Enquanto o Metoo estiver de repouso eu vou ter que continuar... “saindo”...
- Uma semana... Tenta viver durante uma semana, fazendo suas atividades normais. Se você conseguir fazer tudo certo, daqui uma semana a gente conversa e vê como vai ficar o nosso namoro.
- tá.

Tá, ué! O que eu podia fazer? Eu tenho que tentar alguma coisa, afinal eu amo a Ana. Eu sei que tudo vai dar certo. Eu sou otimista!

Mas acho que no clima atual é melhor voltar para casa mesmo.

*

1 DIA DEPOIS

Caramba, como eu sentia saudade de correr pela quadra! Jogar vôlei com o pessoal do time. Ouvir que os “Lobos” detonaram novamente. Eita que nem o Jiba consegue melhor.

- Ei, Beto – Você já se ligou que o Alex está sério? – Falou o Jota.
- Nem quero ver. Vamos jogar.
- Ele vai querer conversar com você.
- Vamos-Jogar – Repeti.

Eu estava tendo um dia tão bom, não queria que uma notícia ruim atrapalhasse.

- Eu só estou avisando.

O Jogo prosseguiu bem. Bem, como não somos um time profissional, somente de escola, tivemos que treinar separados em dois times de quatro pessoas e não de seis. Alex, o capitão, sempre pegava pesado com a gente e tínhamos que jogar em duas posições diferentes, a de líbero e a de saque. Segundo ele, a gente tinha que se preparar pra qualquer negócio.

*

Enfim o jogo terminou. Cumprimentei o pessoal e tava louco pra voltar pra casa e tomar aquela ducha. Depois escola e depois cama. A conversa com o Alex ia ser sussa, ele não gosta muito de falar.

E lá estava ele batendo a bola, como no basquete, no meio da quadra e em silêncio. Cara, ele estava me esperando. Eu cheguei perto dele e não falei nada só esperei.

- Você faltou bastante aos treinos... – Disse depois de longa pausa.
- É.
- O Jota avisou para você que se você faltasse, teria que sair do time?
- Não
-...
- Cara, de boa, pode falar. Eu sei que ando meio ausente, essas coisas...
- Você acha que eu me importo? – Disse Alex depois de outra boa pausa. – Eu não dou a mínima, Alberto...
- Tá – Eu disse, já me encaminhando para a saída.
-...Mas os outros se importam. O Jota, Bruno, Caio, Sergio, Pablo e o Gustavo. Só lembre-se disso.

Como toda conversa com alguém que não fala muito, essa foi bem estranha. Porém eu entendi a mensagem dele. Descanso, aí vou eu.

2 DIAS DEPOIS

Estudar, estudar e estudar. Foi só o que eu fiz hoje. A sala está mó agitada; conversa pra lá, pra cá. Olhando para o lado, nada do Metoo ainda. Será que ele tá bem? Será que ele quer um sanduíche? Não sei...

*

- O quê? Nada de educação física?! – Disse indignado.
- Exato! Você está suspenso das aulas de educação física, até o seu rendimento nas outras matérias mostrarem um avanço considerável. – Disse o coordenador.
- Mas eu estava estudando pra caramba na aula de história, agora a pouco.
- Estamos avisados. – Disse o coordenador saindo.

Mas e agora? Cara, que coisa...

3 DIAS DEPOIS

- Oi Met, eu trouxe um sanduíche pra você.
- Ah, valeu! – Disse Metoo. Mas por que isso?
- Eu estava pensando esses dias: se eu tivesse ficado de coma um mês e depois tivesse que ficar em repouso, eu gostaria muito que um amigo me trouxesse um sanduíche. – Eu disse.
- Muito lógico, bem a sua cara mesmo. – Metoo deu uma pausa, colocando o sanduba de lado. – Você está bem?
- Estou de boa.

Estou? Acho que estou, sim estou de boa.

- o Beto. Você acha que minha mãe está estranha? – Perguntou Met.
- Não. – Nem pensei muito. – Que eu saiba não.
- Ela está bastante carinhosa, parece bem. Na verdade ela era um pouco estressada.
- Bom, talvez ela tenha percebido que não valia a pena viver estressada. Principalmente agora que você está melhorando.
- Vai ver ela não quer se estressar, para não me estressar.
- Ta aí! Só pode ser isso!

Tenho a impressão de que estou esquecendo alguma coisa. Bom, deixa eu voltar para casa e lá eu descubro.

- Ei, Beto. – Chamou Met. – Não aconteceu mais nenhum evento sobrenatural?
- Nesses últimos três dias não aconteceram nada, que eu me lembre. – Respondi, saindo.
- Então está bem. – Disse Metoo.

4 DIAS DEPOIS

Acorda. Escova os dentes. Vai pra escola. Estuda, estuda, estuda de novo e de novo. Come no intervalo, conversa com os colegas. Volta pra sala. Faz umas brincadeiras estuda, e tudo de novo. Bate o sinal, volta pra casa, toma banho, dorme. Assistir série na madrugada, dorme de novo.

5 DIAS DEPOIS

Acorda de manhãzinha, escova os dentes. Se arruma e vai pra escola. Opa, volta, estou suspenso das aulas de educação física. Volta pra casa, vai pro quarto e capota na cama. Sonha que está perdendo a partida de vôlei por 2 sets a 1. Acorda. Assiste tv, nada de interessante está passando. Pêra! Batman e os bravos e destemidos. Um espírito aparece, assusta de início. Diz alguma coisa? Não, não diz nada. Desaparece. Desliga a tv. Vai se preparando porque as aulas vão começar logo, logo. Vai pra escola... Depois volta... estuda no meio do processo...

6 DIAS DEPOIS

Acorda, celular despertando. Errado, é o Jota mandando uma mensagem. Hora da mensagem: meia hora atrás. “Beto, precisamos d vc na quadra, urgente!”. Responde: “Cara, não posso, fui suspenso”. Mete a cara no travesseiro. Barulho de sms chegando. “Esquece isso, é urgente”. Levanta as pressas, se ajeita e sai sem tomar café. Nem se despede direito da mãe. Ao perguntar o que quer, responde “Sanduíche” de longe.

*

Chega na quadra, Alex, Jota, Bruno, Caio, Sergio, Pablo e Gustavo estão na espera. Sergio, Jota e Pablo, eufóricos. O coordenador aparece com documentos em mãos. Diz que pode voltar aos treinos e campeonatos. Motivo: histórico do bimestre está recheado de notas gordas. Diz “Cara, eu mandei bem!”. Treino dividido com a turma da tarde; treino oficial do time no dia anterior, motivo do treino de hoje: Betão volta as quadras. Dia cheio. Volta pra casa, toma banho. Um sanduíche está na mesa coberto por um pano limpo. Sanduíche devorado, tv ligada. Batman e os bravos e destemidos começa, por sorte, no horário. Um espírito aparece. Não diz absolutamente nada. Passa o tempo. O espírito se foi. Desliga a tv e se prepara para o dia que promete. Vai pra escola. No caminho aparece o espírito de antes, logo desaparece. Chega na escola. Conversa, estuda, estuda, conversa. Intervalo. Come, repete. Estuda, estuda, conversa. Volta pra casa. Toma banho. Assiste a novela. Espera a série começar. Antes, prepara um sanduíche. Último episódio da série. Não se conforma, vai pesquisar na net. Não acredita e diz “Não acredito!”. “A série Trauma só tem uma temporada com 18 episódios, depois foi cancelada?”, reclama “Cara, que coisa chata”. O telefone toca. “Ana ligando”. O encontro é marcado. Desliga e dorme. Sonha que está atendendo um chamado como paramédico, mas não lembra o resto.

7 DIAS DEPOIS

Sábado, dia de folga. Resolvi passar no meu grande amigo Metoo, depois ir pro encontro com a Ana.

- Então, cara. – Disse sem saber o porquê. – A série foi cancelada. Quem que cancela uma série daquelas?
- Eu não sei, na verdade faz muito tempo que eu não assisto nada, pelos menos de verdade – Disse Met, com toda a razão.
- Pelo menos ainda passa Batman e os bravos e destemidos. Cara, é irado!

Metoo riu.

- Falando nisso, eu lembrei... Está aparecendo um espírito de um garoto lá em casa.
- E o que você fez?
- Não fiz nada. – Respondi, tranqüilo.
- Como assim?
- Bom, ele não disse nada, não fez nada, daí eu também achei que não fosse nada.
- Beto, você não pode deixar isso acontecer sem fazer nada. Vai que ele está precisando de ajuda, ou no pior dos casos, está querendo fazer algum mal?
- Sei lá, não me pareceu ruim. – Disse.
- Se eu pudesse sair, hoje e não amanhã, dessa cama, eu verificava isso.
- Calma, Met. Quando eu tiver um tempo, eu verifico. Mas daqui a pouquinho eu tenho que me encontrar com a Ana.
- E vocês estão bem? – Met perguntou. – Não a vi mais depois daquela vez que ela saiu brava.
- Tá indo. Fica tranqüilo.

*

Faltavam apenas uns dez minutos para o encontro com a Ana. Ela com certeza deveria estar muito feliz. Pô, eu fiz tudo o que ela me pediu. Estudei pra burro. Consegui até voltar pros treinos. Cara, eu sou o melhor. Tá nem tanto, afinal alguém que eu não sei quem é, deu um jeito do coordenador olhar minhas notas antes de sair expulsando as pessoas do treino. Eu agradeço. Depois converso com o Jota e ele me conta o resto. Até o Serginho que ficou efetivo gostou da minha volta, e voltou a ser o reserva. Será que a Ana tá afim de passar na lanchonete pra tomar um suco e comer um sanduba?

*

Eu descobriria isso em pouco tempo. Mas algo aconteceu. Opa, se não é aquele espírito de novo. Reparando bem agora, parece que tem uns 12, 13 anos. Não tinha ninguém prestando atenção.

- Ei, menino. O que foi? – Perguntei, curioso.

Foi quando ele saiu andando na direção que leva ao parque. Vai ver ele só queria brincar, né? Melhor fazer isso logo, daí não tem perigo com a Ana. Depois de caminhar bastante ao lado dele, chegamos em uma trilha dentro do parque. Lá era gostoso, eu mesmo quando criança já tinha brincado bastante naquele lugar. O único problema é que o local fedia a cocô de passarinho. E muitos passarinhos já passaram por ali. Eu sei.

- Então, você quer brincar?

Ele fez que não com a cabeça. Esse pelo visto não gostava mesmo de falar. Ele resolveu apontar para um lugar, ali próximo. Ele não gostava dali, pelo que pareceu.

Quando eu fui olhar, tive um choque. Lá estava o corpo dele, junto da bicicleta quebrada, com os aros tortos.

*

A polícia já tinha chegado no local quando os paramédicos pegaram o corpo do garoto e colocaram, embrulhado, na traseira da ambulância. O tumulto chamou a atenção dos freqüentadores do parque e o lugar ficou cheio pra dedéu. Disseram que a hora da morte foi entre dez e onze da manhã de quatro dias atrás. Tanto o espírito do garoto, quanto eu assistimos a tudo, meio confusos, acho que eu mais do que ele. Pensei em ir, já que já tinha falado pro guarda como eu o tinha encontrado. “Estava cruzando o parque pra chegar mais rápido na praça, quando senti o cheiro e fui ver o que era...” o resto é história. Mas o garotinho pediu para esperar mais um pouco...

*

Cheguei em casa, troquei de roupa e fui encontrar a Ana. Ela iria entender. Era só explicar tudo direitinho. Mas não deu muito certo.

- Duas horas, Beto. – Ela tentava se manter na dela.
- Eu falei... daí eu encontrei esse garotinho, ele precisava de ajuda. Eu não fiz de propósito, mas já tinha ignorado ele uns dois dias. Eu achei que seria rapidinho.
- Olha, Beto, não dá mais. Não dá para a gente ficar desse jeito. Eu não sou mais a sua namorada.
- Ana!
- Sem Ana, sem mais... nada! – Ela disse chorando.
- Só mais uma chancezinha.
- Não! Eu já pedi pra você, já esperei e no final foi a mesma coisa. Do que adianta a gente insistir nisso? Eu não consigo acreditar em você.
- Não diz isso.

Poxa, cara, eu estava completamente arrasado. Acho que nunca estive tão arrasado em toda essa vida. Eu amo a Ana de montão e estou vendo ela ir embora. O que mais me dói é que, parece que quanto mais eu tento, menos ela quer. E o que eu faço? Algum espírito sabe como terminar com essa dor?

*

Não importava mais. Eu não queria essa vida que eu tava levando mesmo, os jogos, os estudos excessivos. Pra quê? Se a Ana não vai tá lá pra falar “Que bom que você está estudando mais”. Ela sempre pegava no meu pé com os estudos, mas ela era preocupada com o meu desenvolvimento. Ela torcia por mim nos esportes, mas queria que eu fosse um profissional qualificado. Acho que ela nem está mais se importando com isso, comigo, com nada.

Cara...

*

Resolvi fazer pelo menos o que o garotinho me pediu. Essa carta que eu escrevi, tenho que entregar para os pais dele. Fui para o IML. Nunca pensei que visitaria o IML antes de eu mesmo partir. Os pais do garoto, inconformados, estavam esperando o legista liberar o corpo. Eu fui me intrometendo devagar. A mãe, quando me viu, veio falar comigo:

- Obrigada. – Ela falava baixinho. – Não sabíamos onde o Renan estava. Ele tinha saído para andar de bicicleta no parque; todo dia ele fazia isso... sempre depois de assistir o desenho favorito dele. Então ele voltava do parque, se ajeitava, almoçava e ia pra escola de tarde. Como é que a gente espera uma coisa dessas?

Ela estava muito nervosa. Mas eu entreguei a carta desejando que ela melhorasse e entendesse. Ela pegou a carta e leu-a:

“Mãe, eu estou bem agora. Não precisa se preocupar. Não foi culpa de ninguém, eu acabei me acidentando quando fui passar na ponte e então caí. Não senti dor alguma, foi muito rápido. Manda um beijo para o papai e um abraço também. Eu me diverti muito ainda e pude assistir ao Batman de vez em quando, mas está na hora de dizer adeus. Vou olhar por vocês e peço que pensem em mim com alegria. Meus óculos ficaram perto da segunda gaveta, caso você queira ler alguns livros com ele. Te amo e amo o pai também”.

Ela chorou muito depois de ler a carta e comentou que pegava os óculos do filho de vez em quando, quando os próprios óculos estavam perdidos.

*

Acho que aquela mãe estava sofrendo mais do que eu. Mas o vazio dentro do meu peito continua. Acho que nenhum sanduíche vai poder preencher isso... Por enquanto.

CONTINUA NO PRÓXIMO POST.

4 comentários:

Alef disse...

legal! mais sera que a ana vai entender um dia? e a karina oq aconteceu com ela?... são tantas perguntas, mal posso esperar pelo proximo post... CADA VEZ MELHOR!!!!

(comentario de cima conta da minha mae maus =]).

Arthur Pandeki disse...

Para saber se a Ana vai compreender os amigos ou o que aconteceu com a Karina, só lendo os próximos capítulos!

até lá.

(O comentário repetido de cima, foi removido).

Gammelo disse...

Coitado, sempre achei q o Beto era Bipolar kkk, ainda acho isso, e a Ana, que cabeça dura.. continuaaaa

Arthur Pandeki disse...

Iiii, sinto decepcioná-lo mas o Beto não é bipolar, rsrsrsrs.
É a Ana é cabeça dura, para o bem e para o mal também. Até o proximo post.