EPISÓDIO # 206 – O vilão
PRÓLOGO (trechos dos episódios anteriores)
Metoo – Muitas coisas aconteceram nesse tempo que fiquei longe do blog... Os novos poderes... Dona Lurdinha se foi...
Metoo – Quem é... você?
Tás – Eu sou seu novo guia... Preciso da sua ajuda... Não posso revelar meu nome e aparência porque apagaram essas memórias...
Metoo – Apagar a memória de um fantasma... QUEM tem essa capacidade?
Metoo – Meu Deus! O que foi isso? Quase caí no chão de tanta dor... O que isso significa?
Tás – É uma amostra do que vem pela frente...
Metoo – Uma sombra, contorno se formava na minha mente... a voz soou, ininteligível... Por que eu não estou conseguindo ver as coisas com clareza...?
Tás – Existem dois casos em que essa “confusão” ocorre...
Metoo – Eu não causo problemas, eu ajudo as pessoas...
Tás – ...Quando há mais pessoas precisando de ajuda do que você pode atender e...
Metoo – Porque eu...
Tás - ...Quando você mesmo corre algum tipo de risco... Você está em perigo.
Metoo – Eu estava muito... confuso... De repente eu sou teleportado da minha discussão com a Ana, e todos que pareciam saber alguma parte dos meus segredos, simplesmente não possuíam essa memória...
NA CASA DO METOO...
- Tás, o que eu deveria fazer? O que é que se pode fazer em uma situação como essa?
- Talvez você devesse descansar... relaxar, esquecer todos esses sentimentos, sensações...
- Você acha mesmo isso? – Indaguei, curioso.
- Claro que não!!! Você tem duas missões importantes para realizar, talvez mais... Uma delas é me ajudar a recuperar as memórias, a outra é a que vêm desempenhando há algum tempo... ajudar as pessoas que precisam de você.
- Você tem razão, Tás...
Por mais que eu quisesse um descanso, não podia negar que haviam poucas ocorrências sérias ultimamente... mas...
- Tás, o que eu posso fazer então?
- Eu não sei... Mas se quisermos estar preparados, temos que ficar atentos...
Será que ele estava falando sobre o fato de eu estar correndo algum tipo de perigo?
- Tás, quando alguém está precisando de ajuda, como em um acidente de carro, ou um assalto, eu consigo perceber, certo? Eu percebo a situação em que se encontram, daí posso intervir de alguma forma... Acredito que possa ser com qualquer cidadão que esteja a mais ou menos doze quilômetros de mim... Mas e se eu for o cidadão? Eu não deveria saber o que está acontecendo, na minha mente?
- Mas você vê o que acontece, em sua mente... Acontece que as imagens ficam desfocadas, fora de ordem...
- Mas por que quando isso é conosco, nós nunca temos uma visão clara, que revele algo que realmente importa? – Perguntei, nervoso.
- Talvez, porque não é interessante saber sobre si mesmo, saber se o pior vai acontecer ou não, não despreze os detalhes...
Não desprezar os detalhes... Por mais que eu pensasse não conseguia notar alguma aresta.
- Pense bem, você passou pelos dois casos que eu falei sobre a confusão mental... A primeira foi no acidente da rodovia... e agora, esse mistério. – Tás falava como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Eu tinha que viver minha vida, não é? Eu havia prometido a mim mesmo que não iria pensar sobre isso, eu estaria em risco... tudo bem! Ninguém sabia que tipo de risco era, podia ser um acidente caseiro, ou até coisa mais leve. Fosse o que fosse, minha mente deveria permanecer tranqüila, sem demasias.
- Eu tive uma idéia! – Disse Tás.
- Qual?
- Você percebe quem precisa de ajuda, correto?
- Sim – Confirmei o óbvio.
- O que precisamos fazer... – Tás continuou – É encontrar alguém que tenha os mesmos poderes que você! Veja bem, se você está em perigo, essa pessoa vai perceber... E virá te encontrar antes que aconteça.
Eu pensei que fosse o único que tivesse esse dom. Será que, se podem existir pessoas com dons iguais, teria alguém com os mesmos dons da Karina? E mesmo assim, como poderíamos saber quem tem esse dom? Digamos que no meu caso, não foi uma situação comum desde o início.
Mesmo que a idéia do Tás tenha sido interessante, seria como achar uma agulha no palheiro. Restava acreditar que ela, de alguma forma, viria ao nosso encontro. Outra dúvida que veio na cabeça era: existem mais guias espirituais? Não que eu tivesse dúvidas sobre o Tás ou a Dona Lurdinha, que somam dois. A questão era: eles acompanhavam as pessoas, como vieram me acompanhando esses dois?
- Tás, existem guias acompanhando as outras pessoas?
- Claro que sim! Que perguntinha, viu?
Ele respondeu como se eu fosse um homem e tivesse perguntado o meu sexo!
- Isso não deveria significar que TODOS tenham algum poder?
- De certa forma... Sim.
- Entendo...
- Aí é que está! Alguém vai perceber se você precisar de ajuda.
- Até lá, pode ser que seja tarde – Comentei.
- Não é tarde, enquanto o relógio não marcar a hora... Falando nisso, está na minha! Fui!
O que o ele estava querendo dizer? Que eu deveria ter esperança enquanto nada de mal acontecesse, ou que realmente “não é tarde, enquanto o relógio não marcar a hora”? Ele nunca foi muito misterioso, mas dessa vez ele me pegou de jeito. Basicamente me encontrava na mesma situação de sempre... Tendo uma vida estranha, falando com fantasmas, tendo um poder confuso pra valer e sem amigos, não porque não os tivesse, mas porque não podia partilhar das minhas dúvidas, receios, atividades... Já não conseguia explicar direito porquê eu sumia em determinadas horas. Já pensou: Desculpa, Beto, eu não fui no seu aniversário, porque eu senti que uma mulher louca estava querendo atropelar o namorado ou, vixi, Ana! Eu tinha que socorrer um senhor que quebrou a perna, e que estava sem celular ou qualquer meio de comunicação na área deserta da nossa cidade e que ele tinha caído lá, depois de ter sido seqüestrado! Você entende, não é?... Claro que não entenderiam...
Foi aí que eu senti aquela dor de cabeça terrível, como das últimas vezes. Minha visão ficou embaçada e meus sentidos confusos... Mas só por um instante, dessa vez. Eu estava lembrando rapidamente de vários fatos anteriores... O quase atropelamento do Beto... O sumiço da Bia... A aparição do Tás... Os policiais na escola... Entre outras imagens que bailavam feito vento. A minha discussão com a Ana na biblioteca... e meu aparente teleporte para casa... Me lembro de sentir um alívio, de não ter dito nada revelador naquele momento... foi quando uma voz interrompeu meus pensamentos: “Você devia estar grato por isso. Deveria me agradecer...”
Eu fiquei assustado, o tom era diferente do tom do Tás... Quem seria? Pensei. A resposta veio logo: “Você se esqueceu de mim? Aliás, você nem me notou todo esse tempo, não foi?”... Eu não conseguia lembrar...
“Tudo bem, eu vou ajudar a sua memória” disse a voz, e tão logo ele anuncio, me vi parado em um galpão escuro, grande, parecia um estacionamento subterrâneo. Olhei para os lados...
“Eu estou aqui”
“Mais um pouco...”
“Pouco...”
“Aqui estou!”
CARAMBA! Não sabia o que mais tinha me chocado: o fato de ter sido teleportado de um lugar para o outro, ou por ter reconhecido o dono da voz e autor desse fenômeno... O que ele fazia aqui? O que ele tem feito esses tempo todo?
- Cammelo???
- Oi Metoo... Surpreso? Claro que sim
- Cammelo, como você... fez tudo isso? Esse lugar... Você... Onde esteve esse tempo todo?
- Uma coisa de cada vez... Não vai dizer que achou que era o único com poderes especiais? Você é engraçado...
Karina... e Agora Cammelo... Eu estou ficando louco!
“Ou talvez seja isso que eu quero que pense”
- Você falou na minha mente... É você que está causando isso? Essa confusão na minha mente?
“Sim...” “Não...”
“Talvez...”
- Talvez você seja ele... talvez seja você quem poderá me ajudar!
- Errado, caro amigo, eu não estou aqui para te ajudar... eu vim te dar um ultimato... tome muito cuidado com as coisas que você fala para as pessoas... eu não sei se estarei por perto para apagar a memória do pessoal novamente...
- Você... foi você que me tirou da discussão com a Ana... – Eu estava perplexo!
- Eu não tirei você de lá, não entenda mal, aquilo tudo foi só uma ilusão criada na sua mente. Foi uma forma alternativa de mostrar para você como as coisas podem sair do controle... e sabe o que acontece quando as pessoas sabem...
“Elas morrem”
- Foi por isso que toda vez que eu dizia algo relativo aos poderes, eu simplesmente acabava em uma situação maluca... Você tem algum tipo de controle da mente
Foi aí que eu saquei.
- Você apagou a memória do Tás!!!
CONTINUA...
2 comentários:
ahhhhhhhhhh acabou na melhor parte...
Controlar memórias é algo incrívelmente perigoso, e lutar com elas pode ser ainda mais, poxa e eu achei que o Cammelo era só um post da primeira temporada, preciso rever algumas coisas.
Metoo cuidado, como quando eu jogava RPG a gente tinha uma regra, nunca coma carne verde, então nunca confie naqueles que podem te confundir muito.
Agora francamente Cammelo apagou as memorias do coitado do Tas.. essa temporada ta d+
Metoo, vc pode e consegue, agora cuidado... eu que o diga
Oi Gammelo,
Que bom que está gostando da temporada do Metoo. Realmente, o poder de controlar memórias é muito perigoso e peculiar... muitas coisas ainda vão acontecer!
Agora resta saber: Metoo vai conseguir realmente sair dessa?
até o próximo post!
(Que pode variar de quarta para quinta que vem).
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