EPISÓDIO # 207 – O vilão, Parte 2
PRÓLOGO (trechos dos episódios anteriores)
Metoo – Muitas coisas aconteceram nesse tempo que fiquei longe do blog... Os novos poderes... Dona Lurdinha se foi...
Metoo – Quem é... você?
Tás – Eu sou seu novo guia... Preciso da sua ajuda... Não posso revelar meu nome e aparência porque apagaram essas memórias...
Metoo – Apagar a memória de um fantasma... QUEM tem essa capacidade?
Metoo – Por que eu não estou conseguindo ver as coisas com clareza...?
Tás – Existem... casos em que essa “confusão” ocorre... Você está em perigo.
Metoo - Eu não deveria saber o que está acontecendo, na minha mente?
Tás – Precisamos... Encontrar alguém que tenha os mesmos poderes que você... Se você está em perigo, essa pessoa vai perceber... E virá te encontrar antes que aconteça.
Metoo – Cammelo??? Talvez você seja ele... talvez seja você quem poderá me ajudar...
Cammelo - Errado, caro amigo, eu não estou aqui para te ajudar...
EM ALGUM LUGAR...
- Cammelo, foi você quem apagou as memórias do Tás?
Eu sabia que não precisaria explicar detalhes, de alguma forma senti que minha mente estava sendo sondada...
- Eu não sei do que você está falando. Eu não tenho nada com o fato do seu “fantasminha camarada” ter perdido a memória.
- Como não? – Indaguei – Você é o único que conheci até agora com esse tipo de poder, na verdade, só conheço duas pessoas com poderes além de mim...
- Ao contrário de você, eu conheci várias pessoas nesse tempo em que estive fora.
- Várias?! Onde?
Era magnífico! Eu nem podia conceber com tanta vontade que realmente existissem mais do que pessoas aleatórias. Várias, quer dizer várias, não? Não poucas, mas várias!!! Não me sentia só... Não mais...
- Não fique tão animado... você não vai conseguir encontrá-los mais...
Mais? Palavras tão secas... Tive medo do que significaria... Tive medo do que Cammelo pudesse ter feito. De pensar, senti um aperto no peito.
- Você pensa demais, Metoo... Droga! Tenho que ir...
Como em um piscar de olhos, toda aquela realidade desapareceu. Como se tivessem desligado o monitor de uma televisão. Embora tudo não passasse de uma ilusão mental, de um pensamento mais realista criado pelo Cammelo, a angústia veio junto comigo para o plano material. Ele teria feito alguma coisa com os outros? Não seria possível... Até onde se estenderiam as habilidades dele? E por que ele partiu tão misteriosamente... Cammelo... Ele seria realmente um vilão?
Sua frase ecoava na minha cabeça, como um sino forte: “você pensa demais, Metoo...”. Eu penso demais. Foi quando escutei a voz de Tás.
- Metoo, você está legal?
Eu expliquei para ele tudo quanto podia me lembrar do ocorrido, para bem ou para mal, eu ainda tinha algumas dúvidas que gostaria de esclarecer.
- Você acha que ele poderia estar contando a verdade, tipo, ele poderia fazer algum mal as outras pessoas? Pessoas com poderes?
- Ele é muito perigoso, Met. Esse tipo de poder pode causar grandes estragos, tanto para quem é o alvo, quanto para quem o conduz. Não posso ter certeza de nada, mas ele não é exatamente o nosso vilão...
- O que está dizendo? – Perguntei.
- Infelizmente, não consigo tirar um a conclusão, precisamos encontrá-lo. Metoo, da próxima vez que o encontrar, procure olhar bem em seus olhos, ok?
- Por quê?
- Porque assim você vai poder penetrar a verdade das atitudes dele. Ele pode criar ilusões na mente, mas não pode esconder por trás delas suas intenções. Terá que se lembrar disso! Eu tenho que partir agora, nos veremos pela manhã...
Encontre o que procuramos...
Eu acordei no meu quarto, ainda não tinha amanhecido. Tinha que bolar alguma estratégia. Primeiro, descansar e refletir, depois procurar o que o Tás estava falando... Era uma pessoa. Se o que Tás disse fosse verdade, essa pessoa também viria atrás de mim. Mas eu não me sentia em perigo, não ao ponto de alguém interceder por mim.
Outro pensamento que fui criando é: Cammelo – esteja onde estiver – sempre está por perto. O meu poder tem um limite por área, o dele deve ser semelhante, até mesmo o da Karina tinha essa limitação e isso é um ponto forte a ser usado. Talvez montar uma estratégia...
Fora isso, queria sanar algumas dúvidas. Por que o Tás está sumindo tanto? Na minha pouca experiência com espíritos nunca houve um momento sequer onde eles não estivessem tramando alguma coisa importante, mas o que seria? Bom, por que o Cammelo precisou ir embora às pressas? Me parece que no lugar onde ele deveria estar realmente algo aconteceu, mas eu não senti nada, se foi um acidente, não estava no limite em que o meu poder alcança. Não consigo ter margem para calcular isso agora, mas lembrarei desse detalhe.
Na escola, o mundo parecia não sofrer abalos. Todos estudavam para a prova de biologia. Prova de biologia??!!
Minha única salvação, seria o Beto... Preciso pensar melhor, o Beto é estudioso mas não é tão aplicado. Quem sabe a Ana? Será que ela se lembra de alguma coisa? Quis arriscar, fui até ela.
- Ana, você poderia me ajudar, eu nem sabia que a professora ia passar uma prova.
- Normal, é uma prova surpresa que foi anunciada quase agora, antes dela subir para a sala dos professores. Não estressa, não vai cair muita coisa, depois dos incidentes passados nenhum professor conseguiu se concentrar na matéria, mas como precisamos ser avaliados – eu nem sei porquê – ela vai passar as atividades.
- Fico mais tranqüilo agora – Confessei – E o Beto?
- Está sossegado! – Ana exclamou.
- Como sempre, ele é assim.
- Metoo, sei que não é o momento, mas eu ainda tenho minhas dúvidas... e a gente ainda não conversou...
Talvez as memórias anteriores à discussão, não foram apagadas.
- Podemos conversar, depois...
Lembrei-me do que o Cammelo disse: “quando as pessoas sabem... elas morrem”. Seria uma morte direta, ou alguém caçaria a gente? Ou ela?
O melhor a fazer é deixar ela pensar que conversaremos e depois enrolar um pouco. Não fará mal, estarei evitando um desastre. Só nessa última temporada a escola foi vítima de acontecimentos muito estranhos e os policiais ganharam contrato permanente. Não queria traumatizar mais ninguém daqui, meus amigos e nenhuma outra pessoa.
Porém eu podia me valer disso para minha estratégia... Não sem falar antes com o Tás, claro.
A prova estava razoável, nada assustadora. Quando fui para casa, esperando que ele (Tás) aparecesse por lá, tive uma surpresa inimaginável: Karina, estava de volta!
- Karina?! O que você está fazendo aqui? – Disse alegremente.
- Oi Mit, tudo bom com você?
- Eu acho que sim... E você? Conta o que aconteceu! Você sumiu e...
- Aconteceu muita coisa... Mas eu apareci por aqui algumas vezes para tentar concertar minha situação, literalmente num vapt-vupt!
- Que bom que está aqui... Eu...
- Senti sua falta também. Você é um cara legal Metoo. Obrigada.
Eu fiquei rubro e quente. Não, não era paixão, mas uma espécie de conforto tão grande que não podia descrever, nem com as melhores palavras. Acho que esse misto de felicidade e conforto também tinha raiz no fato de ela estar, aparentemente, bem. Ou seja, Cammelo não fez nada contra a Karina.
- Karina, você tem que saber que apareceu mais uma pessoa com poderes...
- Eu já sei, o Tás me disse...
- Você falou com o meu guia... então era isso que ele estava fazendo?
- Pequena correção: nosso guia, Mit!
Uau! O Tás era guia da Karina também?! Uau!
- Como assim? Que estranho!
- Eu não sei explicar, mas ele vem me ajudando a solucionar essa questão da polícia na escola, do suposto seqüestro e do desaparecimento dos objetos das lojas...
- Mas faz pouco tempo, os computadores da sala de informática desapareceram, os coordenadores acharam que tinham sido roubados, mas eu pensei em você, afinal os computadores deveriam ter alguma informação importante que pudesse te prejudicar e, mesmo você tendo levado o único que usava, eles eram conectados em rede...
- Mit, não fui eu quem pegou os computadores, na verdade acabei de saber disso por você.
- Estranho... – Pensei. – Mas, conta aí, como foi falar com o Tás? você já sabia que ele era meu guia também?
Era mais um segredo que não tinha que guardar de ninguém. Hello, quem não acharia estranho um adolescente como eu, falando com fantasmas.
- Eu fiquei super contente, achei até que o tinha enviado para mandar uma mensagem, mas ele explicou que você estava em apuros, então resolvi aparecer...
- Então ele procurou sozinho por quem poderia me ajudar, mas se ele fez isso, por que ele teria me pedido para “encontrar o que procuramos”? Não faz sentido.
- Eu não sei que tipo de ajuda você precisa, mas posso te ajudar a procurar. Somos três conhecidos com habilidades incomuns, se for uma pessoa, teremos que considerar as características de pessoas como nós...
Se for uma pessoa... Características de pessoas como nós...
- Temos também – Karina continuou – Que levar em conta o fato de um de nós ser o vilão disso tudo, segundo fui informada, ele pode fazer o que mesmo?
- Controlar os pensamentos, apagá-los ou distorcê-los... Se consegue fazer outras coisas, ainda não sei...
- Eu consigo teleportar pessoas e objetos de um lugar para o outro e você pode sentir quem precisa de ajuda...
- Talvez você possa fazer com que o Cammelo aparecesse na nossa frente!
- Impossível, eu não o conheço, precisaria ter uma imagem bem forte dele na minha mente, mas nunca o vi.
- Que coisa... Então seria o mesmo para quem tem os mesmos poderes que eu... Karina, afinal, onde está o Tás?
- Eu não sei bem, mas ele disse que estava se informando no plano espiritual, e que suspeitava de algo que seria muito valioso para resolver o caso, e que com isso eu, você entre outros poderiam ter uma vida normal, Ah! E ele recuperaria a memória dele...
- Supondo que foi o Cammelo quem as pagou – Eu comentei. – Mas por que ele fez isso? Não consigo compreender...
- É porque ele não é exatamente o nosso vilão... – Disse a voz de Tás.
Eu e Karina exclamamos ao mesmo tempo: “Não é?!”.
Não é??!
CONTINUA...
Um comentário:
Eu sabia q um cara com o nome desse num podia ser um vilão, só um malcompreendido da sociedade
desculpa a demora, tava pra campo,
metoo vai la a abre o jogo, conversa com o cammelo, ele vai te escutar, escutar é um especial, mais falar é necessario
e ve s enum gasta demais os poderes, vai que o vilão ta no nivel 100
abraço
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