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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

FANTASMINHA CAMARADA

EPISÓDIO # 204 – Fantasminha camarada



PRÓLOGO (trechos dos episódios anteriores)

Metoo – Muitas coisas aconteceram nesse tempo que fiquei longe do blog. Após ajudar minha amiga Ana a ficar com meu amigo Beto... Avisei aos bombeiros que uma casa estava pegando fogo e que uma menininha precisava de ajuda... Consegui evitar que um homem de meia idade se suicidasse... Consegui avisar a polícia e evitar um seqüestro... Eu tinha muito, muito medo... Estava certo que eu estava amadurecendo... Meus poderes se intensificavam... Os novos poderes... Causavam muita confusão... Imagens embaçadas e coloridas bailavam diante dos meus olhos... Dona Lurdinha não aparecia há alguns dias... Como bom espírito guia, deveria saber por que meus sentidos não estavam claros... Ana veio me visitar...
Ana - Você desapareceu nessas férias... Você... gosta de mim?... Isso não precisa ser um segredo...
Metoo – Minha cabeça ia explodir... as mesmas imagens...
Lurdinha – Está chegando a hora...
Metoo – Quando cheguei... o acidente tinha acabado de acontecer... Nessa hora uma das rodas dianteiras estourou... impacto violento... eu bati a cabeça e fiquei zonzo... Depois que tudo clareou, estava na cama de um hospital... Lurdinha apareceu... Disse que a Ana... Chamou a ambulância para fazer o socorro... Queria entender... Ninguém sobreviveu?
Metoo – Faz exatamente 4 dias desde que a Dona lurdinha se foi...
Metoo - Oi Beto...
Beto – Eu.. sei que... Você gostava da Ana... Não queria ficar com “clima ruim” na nossa amizade...
Metoo – Beto, ela gosta de você...
Metoo – Descobri que um blog se tornou o mais badalado de toda a escola... o blog da feiticeira de Alvim...
Beto – Cara, você está na lista negra da feiticeira...
Metoo – Karina, a garota invisível... Ela era a feiticeira? Junto dela se foi algo muito precioso... meus segredos... sentirei sua falta... Eu me sentia só, um vazio... Karina... alguém passou aquele poder para ela... QUEM tem essa capacidade?
Metoo – Ana... Só conseguia aumentar as suspeitas dela sobre mim...
Ana – Não acha estranho... Primeiro... Os bombeiros e o acidente de carro. Agora uma feiticeira maluca... e a solução do desaparecimento da Bia... de alguma forma, você está dentro disso...
Metoo – Quem é... você?
Fantasma – Eu sou seu novo guia...
Metoo – por algum motivo meu vazio se preencheu um pouco...
Metoo – O Beto caminhava normalmente... O carroooo!!!
Beto – Cara, se você não tivesse me avisado, eu teria virado batata amassada no chão...
Metoo – é sobre isso que queria te falar... Não conte para a Ana que eu estava lá... Que eu gritei para você desviar do carro...
Beto – Se é assim que você quer...
Metoo – Eu não consigo compreender... Se demorasse mais alguns segundos poderia ter sido fatal...
Lurdinha – Essa era a parte que faltava... Temos que aprender que... Não podemos ajudar a todos...

DOIS DIAS DEPOIS DO ACIDENTE DO BETO...

Eu estava razoavelmente contente. O Beto sofreu apenas pequenos arranhões no seu atropelamento. A Bia já voltou para a escola e meu gesso, no braço, coçava menos. Não me esquecendo do meu misterioso e novo guia espiritual.

- Agora que as coisas estão calmas – Eu disse - você pode me explicar que momento complicado é esse que te impede de dizer o nome?
- É mais do que dizer o nome, é revelar minha verdadeira forma.
- Como assim? Você não pode dizer... me mostrar... nada?!
- A resposta para tudo é: eu – não – sei!

Como? Isso é uma piada?

- Você não sabe?? Isso é algum tipo de piada ou amnésia?
- Não é bem isso. Eu sei tudo sobre mim, lembranças de quando era vivo, de familiares, do trabalho, um monte de coisas, mas estou impedido de me revelar como espírito guia oficial, não posso revelar meu nome e aparência porque apagaram essas memórias...

- Apagar a memória de um fantasma, isso é possível? – Eu estava confuso.
- Acredito que sim, porque sei que isso não é uma situação natural, ah! Não mesmo!
- Mas você consegue me ajudar, quando for necessário... em uma missão?
- Acredito que sim, como quando avisei do seu amigo, Beto. Mas nesse caso, em particular, preciso da sua ajuda. Você vai me ajudar a recuperar essas memórias.

O único problema é que eu nem sabia por onde começar. Alguém saberia como ajudar um fantasma a recuperar a memória?

- Tá, como eu faço isso?
- É simples – Começou o guia – eu também não sei! Deixe fluir.
- Vocês sempre dizem isso? Deixar fluir, e pronto?

Eu estava irritado. Não tinha pista nenhuma e eu não sabia quando ia terminar.

- Temos que definir algumas coisas primeiro... Já que você não tem um nome, vou chamá-lo de... Tás. E eu preciso ter certeza de que você pode me ajudar, sem suas memórias.
- Tás? Que apelido é esse? E o que aconteceu com o rapaz doce que a Lurdinha me falou?
- Espera um pouco! Você falou com a Lurdinha? Quando? como???
- Um tempo antes das suas ultimas missões com ela.
- Mas por quê?
- Ela precisava encontrar um novo guia para você... foi por esse motivo que ela ficou um tempo distante.
- Por que ela não me contou?
- Eu sei lá! Deve fazer parte do processo de aprendizagem...

Eu custei a me acostumar com o estilo nada místico do Tás.

- Olha, Metoo, se ela não te contou, deve ter um motivo importante.
- Eu acho que, se ela te chamou, eu posso confiar em você, mesmo que seja meio desmemoriado.
- Beleza! – Comentou Tás animado. – Ah! Tenho que avisar, você vai ter muita dor de cabeça... começando por agora.
- O quê???

Quase caí no chão de tanta dor. Minhas têmporas bombavam com um ruído estranho que vinha de um lugar muito distante. Uma sombra, contorno se formava na minha mente, mas logo se deslocava. Então, a voz soou, ininteligível, depois sumiu como eco que se propaga.

- Meu Deus! O que foi isso?? – Falei tentando recuperar o ar.
- É uma amostra do que vem pela frente...
- E-eu não consegui definir nada... o que é? É um acidente ou u-um problema menor? O que é?
- Eu não sei ao certo...
- Me explica uma coisa, por favor... Por que eu não estou conseguindo ver as coisas com clareza, como foi pouco antes do acidente... por que as imagens confusas... eu preciso entender...
- Talvez seja melhor não entender, não é?

Por que os espíritos sempre evitavam falar das coisas?

- Dona Lurdinha disse algo parecido uma vez. Mas se eu não entender, como poderei ajudar alguém?
- Existem dois casos em que essa “confusão” ocorre na cabeça de alguém como você... Quando há mais pessoas precisando de ajuda do que você pode atender e... – Tás aparentemente suspirou - ... quando você mesmo corre algum tipo de risco. Entenda que saber dessas coisas é algo muito ruim. Muitas pessoas precisando de você e você não conseguirá ajudar todas! Terá que fazer escolhas. Se não soubesse disso, talvez fosse menos angustiante...

Ele tinha razão, saber disso me deixou apreensivo.

- Mas nesse caso... o que significa?

Foram os segundos de silêncio mais tortuosos da minha vida...

- Você está em perigo.

Passado um tempo, eu tentei refrescar a minha mente. Era muita informação para minha massa cinzenta. Eu não podia reclamar, Tás era mais aberto no que dizia respeito a passar informações, clarear os sentidos. Ele não fazia por mal, mas o jeito como ele disse “você está em perigo” me deixou abalado. Não quis pensar no momento se eu sofreria algum tipo de acidente ou coisa parecida, ou quando, ou onde, quis relaxar, seguir em frente, e enfrentar a escola nessa segunda. Desde a feiticeira, alguns policiais fazem uma espécie de ronda na escola. Disfarçam, como se fosse um passeio rotineiro.

Beto, meu melhor amigo, me deixou a par dos acontecimentos.

- Você ficou sabendo que alguns computadores sumiram da escola?
- Acho que sim.
- Como assim, acho? – Beto não entendeu – Fomos roubados, cara! Eu armazenei fotos em um deles!
- Eram comprometedoras?
- Não! Mas eram minhas! – Ele deu uma pausa – Você já falou com a Bia?
- Não, não. Ela está bem?
- Sim, e muito. Ela está dizendo que foi você quem achou ela. Legal, né?
- O que você disse? Ela disse isso para quem?
- Até onde eu sei, só para a Tatiana e a Alexandra... eu passei por perto e acabei escutando. Achei que estivessem fofocando, daí escutei seu nome...
- Caramba! Tenho que falar com ela!

Eu corri a escola toda atrás da Bia. O Beto ficou para trás, afinal, recuperado mentalmente do acidente, nem tanto fisicamente. Até que, finalmente, a encontrei. Quando ela me viu ficou toda contente e veio de um jeito engraçado falar comigo.

- Oi Mit!
- Bia, o que você fez? Por que está mentindo para as pessoas?
- Está falando sobre você ter me ajudado? Não estou mentindo, é verdade! Não se preocupe, eu só contei para pessoas de confiança.
- Bia, NÃO É VERDADE!
- Eu não estou louca, Mit. Naquele dia, minutos antes dos policiais me encontrarem, eu escutei sua voz, perto da porta. E quer saber mais? Parecia que alguém estava com você.

Eu estava completamente sem reação.

- Você é meu herói!!!! – Ela deu um gritinho agudo e pulou no meu pescoço. – Obrigada.
- Bia, você não pode contar isso para ninguém, nem para a Ana.
- Ela já sabe.
- O quê???
- Para falar a verdade, foi ela que me contou que você tinha me encontrado. Daí, acabei reconhecendo a voz. Legal, não é?
- Ah não!
- Sem problemas, Mit. Esse é nosso segredo. Seu e das minhas melhores amigas no mundo!

As coisas estavam fugindo do meu controle. O que fazer? Primeiro, falar com o Beto... E lá estava ele, me esperando na arquibancada.

- Beto, você contou para a Ana, o segredo?
- Relaxa cara, não contei nada. Por quê? Você acha que a Bia ou as amigas disseram alguma coisa? por que eu não disse nadinha a ninguém!
- Tá. Onde está a Ana?

Seguindo as indicações do Beto, fui parar na biblioteca. Deveria imaginar, afinal ela sempre gostou dos estudos. Tive que ser razoável na minha pressa, porque os guardas achavam tudo suspeito, pois não sabiam o que realmente procurar. E lá estava ela!

- Ana, preciso falar com você – Eu estava um pouco nervoso.
- Oi Met.
- Por que você disse para a Bia que eu a encontrei?
- Ela comentou que tinha ouvido uma voz, antes dos guardas, e eu chutei o seu nome... porque sabia que você tinha, sei lá, se preocupado com a história... estava agitado no dia...
- Mas não fui eu!
- Mas ela garante que foi, pois quando eu sugeri o seu nome, ela disse que tinha se lembrado da sua voz e que, pra ela, as duas batiam. Met, o que você está escondendo?

O sangue estava subindo. Como a Ana era teimosa!

- Eu não estou escondendo nada!!!
- Vai me dizer que você não estava perto, quando o carro quase atropelou o Beto!
- Como você sabe disso?
- Eu... Eu estava entrando no quarto do hospital, quando escutei você conversando com o Beto...
- Você escutou atrás da porta?! – Eu quase gritei.
- Escuta, pra que tantos segredos?
- Por que essa perseguição toda, Ana?!
- Eu só estou querendo entender por que todas essas coisas estranhas estão acontecendo!
- Que coisas estranhas? Acidentes de carro e seqüestros acontecem na sociedade em que vivemos... não estou dizendo que isso é bom!
- Mas quando você está envolvido em tudo? Pode parecer loucura... eu devo estar ficando doida, mas você está causando tudo isso?!

Não consegui evitar que minha fúria se externasse, ainda bem que não tinha ninguém por perto...

- Eu não causo os problemas, eu ajudo as pessoas!! Por que eu...

Consegui parar a tempo... ???

CONTINUA.

3 comentários:

Alef disse...

eu já vi algo parecido uma vez...
met ñ vai acabar bebendo sangue de demonio no final né??

Gammelo disse...

Met cuidado
a furia faz a gente falar coisas que nao deve
e realmente a ideia de beber sangue de demonio talvez não seja boa...
ah sim, vai fazer uma visita pro teu primo, ve se ele terminou o livro sobre vampiros, sai dai e deixa o tempo passar..

Arthur Ferreira disse...

Oi Alef,
não se preocupe, ele não vai cair nessa tentação.

Oi Gammelo,

Sim, o Met se descontrolou um pouco... será que ele conseguiu parar a tempo?

A continuação é na próxima quarta.

abraços