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sábado, 22 de maio de 2010

A TURMA TODA

EPISÓDIO # 208


PRÓLOGO (trechos dos episódios anteriores)



Metoo – Muitas coisas aconteceram nesse tempo que fiquei longe do blog... Os novos poderes... Dona Lurdinha se foi...
Metoo – Quem é... você?
Tás – Eu sou seu novo guia... Preciso da sua ajuda... Não posso revelar meu nome e aparência porque apagaram essas memórias...
Tás – Precisamos... Encontrar alguém que tenha os mesmos poderes que você...
Metoo – Cammelo??? Talvez você seja ele... talvez seja você quem poderá me ajudar...
Cammelo - Errado, caro amigo, eu não estou aqui para te ajudar...
Metoo – Cammelo?... Vilão...?
Tás – Ele não é exatamente o nosso vilão...

ALGUNS INSTANTES ATRÁS...

Karina e eu estávamos perplexos. Cammelo não era o vilão?

- Eu disse que ele não era EXATAMENTE o vilão... Não que não fizesse parte disso. – Explicou Tás.
- Como assim, Tás, o que isso significa então?
- Pode ser que ele esteja trabalhando para o verdadeiro “vilão” – Supôs Karina.
- Mas por que ele ajudaria o possível vilão, isso não faz sentido. Somos.. éramos amigos... – Eu comentei.
- Vai ver, o verdadeiro vilão quer o poder dele. Ele pode estar sendo chantageado... – Karina falou.

Como já havia me acostumado a pensar sobre a maioria das possibilidades, cogitei sobre essa de maneira levemente agradável, mas com intensidade e pesar muito mais intensos. Se ele estivesse caído em chantagem, seria muito bom, considerando que não está usando o seu poder de maneira que prejudique os outros, por vontade própria, mas mesmo assim estaria correndo algum tipo de perigo.

- Ele não está sendo chantageado... Ele está sendo manipulado...

Manipulado?!

- O verdadeiro mau dessa história... Preciso ir.
- Espera, Tás! – Eu gritei, mas já era tarde, ele evaporou no ar. Sem nem terminar sua frase.
- Mit, eu nem sei se agradeci direito, na época do blog. – Disse Karina, voltando-se para mim. Olhando nos meus olhos.

Admito que nessa hora eu senti um arrepio.

- Hum... Não esquenta com isso não, Karina, tudo o que fiz foi por vontade, não por algum tipo de obrigação. Confesso que não me acostumei cem por cento com isso, com essa nossa condição...
- Mesmo assim, Mit – Ela insistiu – Eu acho que devo agradecer. E mais! Pedir desculpas também...
- Não! Não peça desculpas, não é necessário. Imagina, pedir desculpas pra quê?

Eu não sei explicar o por que, dessa minha atitude repentina, desse meu tom de voz. Mas eu não poderia deixar isso se estender mais... Lá no fundo, tanto ela como eu estávamos cansados de nos desculpar por isso e aquilo, como se o que fizéssemos, os dons que possuímos ou o mal alheio fosse, sempre, a nossa culpa. NÃO ERA! NÃO É!

- Escuta, Ka. Quando tudo isso terminar, eu juro para você que viveremos bem, sem que nenhum poder estranho, fantasma, sei lá... Acidente, nada! Nada vai perturbar a gente. – Eu estava tão decidido nisso, que a segurei pelos braços, de forma firme, olhando bem em seus olhos.

Até eu me assustei um pouco, mas não vacilei em meu sentimento. Sem mais desculpas, sem mais sofrimentos... Se possível, sem mais provações.

- Mit... – Karina meio que soluçou. Depois me deu um abraço. E minha barriga gelou. Respirando fundo, pensei em outras coisas. Sobre o tempo, sobre a vida, mas que não valia ressaltar no momento. Pelo menos achava que não. Ainda encostada em mim, ela continuou – Por que não conseguimos nos livrar do passado, por que temos que viver dele?
- Talvez... Seja porque, mesmo com acontecimentos ruins, ele nos traga algo de bom. Dizem que somos o que somos, hoje, por causa dele, não? Afinal, você não estaria aqui, agora, se não tivesse nascido, engatinhado, andado antes... O passado faz parte de nós, quando não temos certeza do futuro, podemos ter certeza que estamos criando um passado, mas independente de nós, porque não o controlamos, só agimos, passamos e ele está lá... Marcado com suas atitudes, e com a dos outros... Acho que, atitudes boas ou más, no passado, nos deixam conectados com o restante do mundo.
- ... Eu nunca olhei por essa forma... Nunca tive esperanças de que o passado pudesse mudar o que eu sou hoje, moldar o que eu sou, e não sei se mudei muito... Lá atrás, lá... eu era invisível, ninguém me via – quando era conveniente – e eu não via ninguém também. Com o tempo isso foi me trazendo uma solidão enorme, fui perdendo o jeito... (ela refletiu) fui perdendo a maneira de me comunicar com as outras pessoas. Eu considerava necessário, mas já não era fácil, sabe? Não tinha pessoa que notasse meus esforços, e minha voz não ecoava, não soava. Então eu descobri os computadores, e visitava todo tipo de blogs. Era divertido, tinha de tudo quanto se podia imaginar: receitas, programas, vídeos, passeios, fofocas, todo tipo de assunto. Aí, passado um tempo, início das aulas, eu encontrei o seu blog. Legal, simples. Alguém procurando um meio de fazer amigos, tentando se comunicar. Eu pensei “ele deve ser igual a mim. Talvez se sinta solitário”, mas não pude saber ao certo. Fiquei com vontade de vê-lo pessoalmente, uma ou outra vez quase nos esbarramos, mas você não me viu. Comecei a pensar, que você só era mais um na lista de “caras” que não estão realmente aí para nada. Eu te odiei. Igualzinho como fiz com todo mundo. Eu via você com a Ana, com as amigas dela, às vezes com o Beto, mas não solitário. Resolvi então deixar tudo de lado. O que eu podia fazer? Gritar desesperadamente? Quando minha única esperança de desalienação não serviu, eu me afundei bem mais no espaço virtual. Criei o meu blog, com curiosidades sobre mim. O que eu fazia, o que comia, vestia, aonde ia, mas tinha poucos acessos. Eu estava contente, poucos ao invés de nenhum, era razoável...

Ela tinha sofrido bastante. E o pior é que não fiz nada. Estava tão sozinho, tempos atrás, que não podia notar ninguém também. Isso soa como desculpa, mas é verdade. Eu sentia muito por isso, o mínimo que eu poderia fazer era escutar seu desabafo.

- ... Mas era o mínimo. – Ela continuou – Eu não aceitava mais que apenas poucas pessoas visitassem o meu blog, então eu criei uma identidade, uma lenda. A feiticeira, foi devagar chamando a atenção. Era misteriosa, sombria, talvez intrigante. O fato é que sua popularidade foi alcançada por dois motivos: o primeiro é que o tema tinha um público alvo. Pessoas que gostavam de assuntos de bruxaria, contos de fantasmas e seres sobrenaturais. Sempre estão atrás de uma novidade, por aí, na internet. Até mesmo a criação de clãs são encontradas em sites de bate-papo, como normalmente há com vampiros e lobisomens. O segundo motivo é que a Feiticeira estava mais próxima do que qualquer outra “criatura”, estava no colégio de Alvim, tornando o próprio colégio alvo de público. Isso gerou uma comoção, já que ela era do colégio, mas ninguém sabia quem ou onde estava. Qualquer um podia ser a feiticeira, o que inclui homens... perfis fakes existem aos montes... O que eu estou querendo dizer é que, isso fez bem por um tempo. Mas quando os poderes surgiram, fugiram do meu controle... eu fiz roupas, produtos de vários tipos aparecerem e desaparecerem, fiz aquela garota sumir, e mesmo assim, mesmo confusa, eu gostei... (ela riu fracamente). Então diz, Metoo, por que eu não devo pedir desculpas?
- Porque estava confusa, porque não tinha orientação. Se eu tivesse o mesmo poder que você, não sei o que teria feito, se faria algo bom ou ruim. Não importa, o que fez, ou quem odiou... eu odiei também, eu odiei meu pai por ir embora e levar o meu irmãozinho... mas agradeço por ter a minha mãe, do meu lado. São as coisas boas que devemos carregar com a gente, aprendemos isso com o tempo...
- E você odiou o seu pai? – Karina perguntou-me.
- Sim... Mas depois eu entendi melhor. Ele e minha mãe não conseguiam mais viver junto. O amor se tornou amizade... e daí para frente.
- E seu irmão, ele é mais novo, né... ele está com o seu pai, como foi isso?
- O Rafael é mais novo do que eu, sim. Está com 9 anos agora. Ele visitava meu pai quase todo fim de semana. Enquanto eu ainda tinha raiva, ele guardava esperanças de que o casamento desse certo de novo. Daí, ele resolveu ir morar com meu pai, para não deixá-lo só e, no fundo, acreditando que minha mãe não iria deixar a situação permanecer assim por muito tempo. Ele é mais novo, mas não vacilo em dizer que mais determinado do que eu. Faz dois anos que ele foi com meu pai. Trocamos e-mails, cartas e nos vemos algumas vezes por mês. Minha mãe acha pouco, lógico! Mas é assim que ele quer. Nesse ano, nós ainda não nos vimos. Mas eu sinto saudades... dos dois. Sinto falta.

Acho que quando paramos de odiar, conseguimos tempo para refletir sobre o que realmente importa, e sobre a falta que as pessoas fazem para nós. Eu aprendi isso e Karina estava aprendendo.

- Eu tenho dois irmãos, sou a do meio... sinto falta deles também, agora que não posso aparecer em qualquer lugar, sem que a polícia esteja de olho. – Comentou Karina, mais animada.
- Um dia, eu quero conhecer sua família, Ka.
- Eu vou adorar.

O gelo na barriga voltou, meu coração palpitou por alguns instantes. Será que eu estou me apaixonando pela Ka? Será que ela gosta de mim? Mas o que é que eu estou pensando?! Será que eu devo beijá-la?...

- Está tudo bem, Mit? – Ela perguntou, tirando-me da confusão.
- Está... Pensando em coisa à toa...

Será que eu devia contar? Foi o que eu pensei segundos depois. Mas algo me travava, um desconforto muscular já mostrava sinais de que a tensão aumentaria.

- Karina... – Arrisquei – ...Você...

Não foi tão arriscado assim, porque parei logo em seguida. Deveria tomar uma atitude sem precipitações. Não ser impulsivo. Oras! Por que sou tão impulsivo às vezes?

- Mit?
- Vem, Ka – Disse pegando em sua mãe e levando-a para dentro da minha casa. – Eu tenho um plano! Vamos tentar encontrar o Cammelo.
- Mas Mit, do que você está falando? Que plano é esse? – Foi o que Karina conseguiu perguntar enquanto eu abria a porta e a introduzia pela sala.

Minha mãe estava na cozinha, mas logo que entramos, ela foi falar com a gente. Ela não conhecia a Karina, portanto eu a apresentei formalmente.
- Karina essa é minha mãe, Samanta. Mãe essa é a Karina, (pensei) minha namorada...

A tensão era pura. Meu corpo tremia por dentro, mas o agüentava por fora. Acho que suei, mas isso não importa. Não sei quanto tempo essa sensação durou, minutos, muitos minutos? Engoli seco.

- Oi dona Samanta, tudo bem? – Karina respondeu com um sorriso, e com muita naturalidade. Tanta, que quase fiquei de boca aberta.
- Deixa disso – Disse minha mãe – me chama só de Samanta, tudo bem? De onde você é?
- Ah! Eu sou do bairro próximo daqui, o Laranjeiras. Estudei no colégio Alvim junto do Metoo, mas pedi transferência para o Sant’André.
- Mas o Sant’André é muito longe, né?
- Não tem problema, é só acordar mais cedo, pegar dois ônibus, e chego lá.

Mal sabia minha mãe que bastasse uma vez ela olhar o local, Karina poderia aparecer nele, instantaneamente!

- Bom, se meu filho está feliz com você, então vamos não conhecer aos poucos... – Minha mãe estava contente, parecia renovada, apesar de todos os dias de trabalho na prefeitura. Isso me deixou contente, mas...

- Infelizmente não temos tempo para que se conheçam “aos poucos”, temos que te contar algo muito importante, sobre nós dois...

Karina virou-se para mim, com olhos de espanto. Tanto espanto que demorei instantes para recobrar minha determinação. Não existia ponto de volta, agora que estava em ação.

- Mãe, você tem que prestar bastante atenção. A Karina e eu, por algum motivo que não sabemos ainda, possuímos poderes... hum... dons que normalmente não são comuns para as pessoas...
- Met, do que você está falando? Eu...
- Espera! – Eu pedi – Deixe-me continuar. É muito importante que a senhora acredite em nós. Eu posso ouvir, ver e sentir quem precisa de ajuda... qualquer tipo de ajuda, à distância... A Karina pode se teleportar para qualquer lugar que tenha visto antes... Eu sei que parece mentira! Brincadeira. Não é! Por agora é importante que você saiba. Eu vou sair e depois eu volto. A Karina vai ficar com você.
- Mit, aonde você vai? – Perguntou Karina, ansiosa e aparentemente tensa.
- Eu vou falar com o Beto. Preciso pegar a minha câmera.

Quando sai de casa, respirei fundo, quatro vezes. O plano estava começando, o primeiro passo foi dado. Eu teria que ter muita fé para continuar. Por que eu estava, invariavelmente, envolvendo tudo nisso, a turma toda.

Eu expliquei a história para todos que eu podia, Beto, Ana, Bia, Alexandra, Tatiana, e pedi que esclarecessem os fatos com seus parentes próximos. Não foi fácil, nada fácil mesmo. Marquei um encontro com todos na frente da minha casa, para tarde. Sem ter tempo de esperar as considerações do Tás, que somava horas, não aparecia. Como sei que era um assunto urgente, não quis esperar mais. Peguei lápis e papel e comecei a rascunhar um mapa, depois digitalizei e imprimi as fotos dos lugares que visitei nesse tempo.

Na hora marcada, apareceram mais pessoas do que eu imaginava. Os que acompanhavam a Bia estavam em número muito maior. Isso se deve ao fato de que fui o responsável pelo seu “resgate” após ser vítima do poder da Karina. Em agradecimento, insistiu para que seus pais, irmãos, primos e tios viessem até o local. Ana estava ansiosa, o passo para a descoberta, parecia frustrada também. Beto estava ao seu lado, com seus pais, que compareceram com gratidão ao pedido. Desde a época do acidente de carro, acharam que eu só podia ser um herói na tentativa de ajudar o Beto, algo que não foi muito correto. Perplexos, esperavam por uma explicação, maior e razoável para tudo aquilo. “Poderes”, “fantasmas”, “magia”, queriam explicações. Eu pedi que Bia tivesse um pouco de calma, quando lhe avisei que Karina estava em casa. Karina foi a última pessoa que Bia viu antes de desaparecer de forma abrupta e parar no banheiro abandonado do terceiro andar da escola.

- Sei que vocês estão por dentro dos detalhes. – Comecei a explicar – Mas para que não considerem uma perda de tempo dos compromissos de vocês. A melhor maneira seria com a demonstração...

Parei um pouco, olhei em volta. Tinha algumas pessoas pela rua zanzando como fazem comumente. Seu João olhava curioso pela janela, ao mesmo tempo em que os garotos e garotas jogavam uma partida de futebol. Não me preocupei que vissem algo, então eu pedi...

- Ka, está me escutando? – Falei no celular – Pode “aparecer” aqui com a minha mãe?... Tá...

Me preparei. Poucos segundos depois,minha mãe e Karina estavam ao meu lado, como se estivessem ali há séculos. Tão rápido que só quem não piscou conseguiu ver com dificuldade as duas surgindo do nada. Os que não viram, não podiam contestar, pois elas meio segundo atrás não estavam lá e não dava tempo de abrir a porta e andar os metros até aqui sem serem notadas. Bia teve um pequeno mal estar. Estava nítido para ela o que tinha acontecido. Resolvi direcionar o que tinha para dizer, a ela, de princípio.

- Esse, é um dos exemplos dos poderes que falei. Gostaria de aproveitar o momento, para esclarecer um mal entendido. Bia (ela olhou), a Karina não fez de propósito, aquele lance do colégio... não foi de propósito, ela não sabia que podia fazer aquilo com pessoas...
- Eu sinto muito – Disse Karina, triste.
- Eu não sei, eu fiquei 4 dias, enfurnada naquele lugar sujo, abandonado. Sentindo fome, sede, frio... tudo! E, por mais que eu compreenda, eu não sei se estou pronta...
- Tudo bem – Eu disse – Não precisa fazer isso, certo Ka? Mas para que não haja tumulto antes de tudo ser resolvido.
- Disseram que foi ela quem roubou aqueles produtos, isso é verdade? – Perguntou o pai de Ana. Mas antes que eu pudesse responder, outra pessoa falou.
- Foi você quem roubou os computadores da escola!!!
- Não!!! – Karina gritou - não fui eu!!!
- Esperem!!! – Eu gritei – Essa reunião não é para falar sobre a Karina!
- Desculpe, mas tudo isso é um absurdo, eu vou embora! – Falou a mãe de Tatiana.
- Absurdo é, mas você mesma viu com os próprios olhos, nós vimos também. – Comentou o irmão da moça.
- Isso não é truque – Informou minha mãe – Se meu filho precisa explicar alguma coisa, eu vou acreditar nele.

Todos se acalmaram. Ana veio para perto da minha mãe, Beto que estava maravilhado, a seguiu.
- O Met, é nosso amigo – Disse Ana, olhando para Beto. – E com poderes, ou sem... sei que esse papo está maluco... mas com poderes ou sem, ele sempre nos ajudou. Ele ajuda o Beto com as atividades, ele é atencioso quanto aos sentimentos dos outros, ele já evitou que muitas coisas chatas acontecessem só conversando. Quando aconteceu o acidente, todos lembram né? Lá do carro na estrada, eu mesma vi o Metoo correndo para avisar os bombeiros, ANTES de acontecer, como não deram bola, ele sozinho pedalou até o local, e sozinho tentou ajudar aquelas pessoas, eu o acompanhei de longe... infelizmente a roda do carro não suportou a pressão e por pouco a situação não foi pior. Os bombeiros chegaram depois de avistar a fumaça, mas quem ajudou primeiro foi ele. Se ele está contando isso agora é porque a gente pode ajudá-lo dessa vez. Admito que estou zangada dele não contar nada para mim ou para o Beto, porque eu não acredito nessa de “não posso, não dá”, eu confio nele.
- A situação é tão absurda que é difícil de aceitar – Acrescentou Beto – Mas o que eu vi, ninguém me tira. Eu vi a dona Samanta aparecer sim! Do nada! Isso é o suficiente para mim.
- Olha, existem mais pessoas com poderes e, isso vai ser barra, mas existem fantasmas ou espíritos que ajudam essas pessoas. Calma, por favor! Eles guiam pessoas como nós, para que possamos usar essas habilidades com sabedoria, mas recentemente descobrimos que alguém ou alguma coisa, que não sabemos ao certo, está querendo fazer algo de ruim, está guardando memórias e informações importantes que dizem respeito aos espíritos. Não sei explicar o que é... mas precisamos ajudar.
- E o que a gente vai fazer? – O tom cético da família da Alexandra.
- Eu tenho um plano. Os poderes, até onde observamos, tem um limite de área de alcance, como um radar. E acreditamos que o poder do “inimigo” funcione da mesma forma. – Eu peguei os papéis – Aqui eu desenhei uma área de alcance possível, um pouco maior do que os cálculos normais. Nós só precisamos nos espalhar por essa área. Tatiana, você ainda tem os Walktalk?
- Positivo!
- Mas peraí! É só isso? – Perguntou alguém que não reconheci.
- O poder do inimigo é baseado na mente, e vai, provavelmente fazer com que vocês se esqueçam de tudo que eu falei. Vamos entrar em contato um com os outros e verificar quem se lembra das informações e demarcar a presença dele. Dependendo do alcance e tangência de suas habilidades, poderemos estipular sua localização, para assim confrontá-lo.
- Caramba! Isso vai ser emocionante! – Disse Beto empolgado.
- Karina – Continuei – Eu tirei as fotos dessas áreas que vamos ocupar para podermos verificar com rapidez como está indo a operação, como você precisar se localizar visualmente, achei que seria uma boa idéia.

Eu parei e respirei, mais uma vez.

- Olhem, isso pode ser perigoso, por isso só participem os que tiverem certeza disso, de qualquer forma, eu gostaria muito que todos ajudassem, pois precisaríamos cobrir a maior parte desse raio.

Passados algumas horas, todos estavam munidos de Walktalks, graças ao fornecimento da família da Tatiana que possui uma loja especializada em produtos de comunicação. Por isso não me espantei. Tomei o cuidado de numerar as fotos de 1 a 39 para facilitar o sentido da busca.

- Está pronta? – Perguntei segurando a mão de Karina.
- Sim – Respondeu com firmeza.

CONTINUA...

2 comentários:

Gammelo disse...

reviravolta total na história....
Caramba, valeu a pena esperar um mes para qu isso acontecesse hhhihhi
tenso.....

Arthur Pandeki disse...

Lembrando que faltam apenas dois episódios para termninar a segunda temporada!
Esse foi um post especial com o dobro do tamanho, para compensar o tempo em que o blog ficou inativo.

até mais...